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Empréstimo Consignado banco Itaú para servidores da Prefeitura de São Paulo-PMSP-IPREM

Itaú faz acordo operacional com BMG

Parceria prevê o fornecimento de, no mínimo, R$ 1,5 bi por três anos para operações de crédito. O Banco Itaú Holding Financeira encontrou um atalho para entrar de sola no crédito com desconto em folha de pagamento, sem fazer uma nova aquisição. A instituição selou um acordo operacional com o Banco BMG, um especialista no ramo, para fornecer "funding" por três anos. Neste período, o Itaú se compromete a desembolsar, pelo menos, R$ 1,5 bilhão para aquisição das operações originadas pelo banco mineiro: R$ 500 milhões já entraram no caixa e até o fim do contrato serão mais R$ 100 milhões mensais. Segundo o vice-presidente do BMG, Roberto Rigotto, a transação vem em boa hora, apesar de o banco não ter enfrentado dificuldades na captação após a intervenção do Banco Santos pelo Banco Central (BC). O executivo reconheceu, porém, que, de fato, o mercado não tem sido doador de recursos, especialmente para os bancos de pequeno e médio porte. "As fundações, principais fornecedoras, se retraíram, mas o BMG teve tranqüilidade neste período porque tem um fluxo de caixa regular e a sua forma de captação não é a convencional", disse, referindo-se aos R$ 600 milhões levantados via fundo de recebíveis, US$ 100 milhões em bônus externos ou as cessões periódicas de créditos. A carteira do banco vai fechar o ano na casa dos R$ 3,5 bilhões, quase triplicando o portfólio de R$ 1,2 bilhão de dezembro de 2003. E com os recursos garantidos pelo Itaú, haverá um adicional de R$ 1,5 bilhão até o fim de 2005. Por se tratar de uma operação de cessão, os valores constarão, porém, nos livros do Itaú. Com o acordo, a carteira de crédito em consignação do Itaú, de cara, passa de R$ 80 milhões para R$ 580 milhões. "Esse acordo reforça a estratégia do Itaú de ter uma maior participação no mercado de crédito ao consumo, onde já está presente pela Taií e, a partir de 2005, ainda mais presente por meio da parceria com a Companhia Brasileira de Distribuição/Pão de Açúcar", disse o diretor da área de Crédito ao Consumidor, José Francisco Canepa, o executivo que está à frente das operações da Taií. A parceria vai além do "funding" e aquisição de parte da carteira. Pela rede de mais de 15 mil correspondentes bancários do BMG, o Itaú poderá distribuir produtos financeiros especialmente desenhados para a base prospectada pelo banco mineiro, formada por servidores, aposentados e trabalhadores da iniciativa privada - o tíquete médio das operações do BMG situa-se em R$ 1,5 mil, com prazo médio de 30 meses. Seguros, capitalização, previdência privada e cartões de crédito serão as opções que estarão na prateleira. De acordo com Rigotto, as conversações começaram há apenas uma semana e foram intermediadas por um terceiro, que aproximou as instituições. "Os dois bancos foram consultados simultaneamente e como havia um interesse comum, foi rapidamente fechado." O contrato poderá ser renovado. O executivo comparou a parceria ao pacto formalizado recentemente entre o Bradesco e Casas Bahia para concessão de, no mínimo, R$ 100 milhões em operações de crédito direto ao consumidor (CDC) aos clientes da rede varejista. "A diferença é que este é o primeiro acordo entre bancos." Sem contar com uma rede de agências, o BMG tem 10 filiais nas principais capitais brasileiras, além de correspondentes e agentes de negócios. Da carteira de empréstimos, cerca de 60% é representada por operações destinadas ao funcionalismo público. O crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS, que começou a ser explorado em setembro, já beira o R$ 1 bilhão. Apesar da parceria com o Itaú, Rigotto reitera que não há intenção do principal acionista - que tem 98% do controle - em se desfazer do negócio. Sob controle da família Ferreira Guimarães, o grupo atua nos setores imobiliário, industrial e agropecuário. Na área financeira opera leasing e gestão de recursos.

Itaú defende alterações na caderneta de poupança

Mudanças na forma de remunerar as aplicações em caderneta de poupança serão necessárias para permitir a expansão da oferta de crédito para o setor imobiliário. Foi o que defendeu ontem o presidente do banco Itaú, Roberto Setubal, em reunião com analistas da Apimec, em São Paulo. Segundo ele, a poupança, principal fonte de recursos para financiamento à habitação no País, pode se tornar um entrave para o setor. Isso porque este tipo de aplicação garante rentabilidade, livre de impostos, inflação e taxas de administração, de 6% ao ano. Para Setubal, mantida a tendência de queda da Selic, hoje em 13,25% ao ano, cada vez mais o juro da poupança tenderá a aparecer como uma espécie de piso para o financiamento à habitação. "Vão ser necessárias mudanças na forma de remuneração da poupança para permitir que surjam outras formas de financiamento de longo prazo com taxas inferiores, assim como acontece em outros países", afirmou, sem, no entanto, sugerir quais mudanças considera necessárias na caderneta. Para Setubal, a forma de remuneração da poupança, garantindo uma rentabilidade fixa somada à correção inflacionária, impede que os bancos criem financiamentos para a casa própria com prazos mais longos, de dez, 15 anos. "O funding da poupança é inadequado e ineficiente", disse, prevendo que pressões por mudanças no setor devem crescer já a partir de 2007. Além disso, o presidente do Itaú avalia que a expansão da oferta de crédito imobiliário depende também de maior segurança jurídica. Embora considere positivas mudanças no ambiente regulatório, que facilitam a retomada do imóvel pelo financiador em caso de inadimplência do mutuário, o banqueiro diz que ainda é necessário aguardar para ver se também mudou a postura dos juízes, que, segundo ele, historicamente tendem a decidir em favor dos tomadores de empréstimo. "É uma mudança cultural, que não acontece do dia para a noite", avalia. Crédito De todo modo, o Itaú prevê dobrar sua carteira de crédito imobiliário em 2007, para R$ 2 bilhões. Apesar disso, a grande aposta do banco no ano que vem é o setor automobilístico. Com aumento de 44,9% no final de 12 meses encerrados em setembro, o ramo puxou o crescimento da carteira de crédito à pessoa física. "Com o juro em queda, a tendência de crescimento acelerado desse setor vai continuar", previu. Com base numa expectativa de avanço de 3,5% do PIB brasileiro em 2007, o Itaú projeta crescimento de 30% de sua carteira de crédito ao varejo e de 20% a 25% do financiamento a pequenas e médias empresas. Isso, considerando também a melhora da qualidade das operações. No final de setembro, as despesas com devedores duvidosos em relação à margem financeira, índice que serve para medir o nível de inadimplência dos empréstimos, atingiram 34,6%, mais do que o dobro do registrado no final de 2004. "Nosso índice deve recuar para cerca de 25% ao longo dos próximos trimestres", acredita. Novo site O banco lançou ontem um novo endereço eletrônico na internet, onde disponibiliza todas as informações de seus programas de responsabilidade sócio-ambiental. Uma das novidades expostas no site é a criação de um programa do banco, em que todos os empréstimos com valor acima de R$ 5 milhões, para empresas com faturamento anual superior a R$ 70 milhões, devem passar por uma análise de critérios de sustentabilidade sócio-ambiental, antes de serem aprovados. A medida amplia o alcance do acordo assinado pelo banco no âmbito dos Princípios do Equador, acordo internacional entre instituições financeiras que traz as mesmas exigências para a concessão de empréstimos acima de US$ 10 milhões. Segundo o diretor de relações com investidores do Itaú, Alfredo Setubal, a iniciativa reforça o compromisso do banco em ser um agente para que toda a sociedade se comprometa com princípios de sustentabilidade dos negócios e da economia.

taú quer elevar operações de crédito em 25%

O Banco Itaú Holding Financeira SA pretende aumentar a concessão de empréstimos em 20% a 25% este ano. A instituição prevê que haverá um crescimento na demanda por empréstimos por parte de consumidores e de compradores da casa própria, disse em entrevista concedida ontem em Nova York Alfredo Setúbal, diretor de relações com investidores do banco. O Banco comemorou ontem os cinco anos de negociação das suas ações na Bolsa de Valores de Nova York, com uma programação que incluiu desde apresentação para analistas, coletiva com a imprensa e a tradicional cerimônia do "closing bell". Segundo comunicado do banco, além de Setubal, o evento contou com a participação dos diretores executivos Sergio Werlang e Silvio de Carvalho que encerraram os negócios do dia tocando o sino que simboliza o fechamento do pregão da bolsa. Conforme o comunicado, desde o seu lançamento no pregão da NYSE, em fevereiro de 2002, as ADR do Itaú tiveram valorização de mais de 460%, uma média anual de 36%. Neste período, o valor de mercado do Itaú, considerando a NYSE e a Bovespa, chegou a aumentar 5 vezes, chegando a mais de US$ 43 bilhões em 2006, disse o comunicado. Desde 2002, o banco se submete aos critérios impostos pela NYSE e pela Securities and Exchange Commission (SEC).