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Portabilidade com redução de juros do consignado PMSP.IPREM
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Se a compra do Real pelo Santander se confirmar, como é esperado, os dois maiores bancos privados brasileiros - Itaú e Bradesco - terão que ir às compras com mais apetite do que nunca, para não ficar para trás na briga pela liderança. "O negócio com certeza movimentará o mercado", diz Erivelto Rodrigues, presidente da consultoria Austin Rating.
Apesar das diferenças culturais entre as gestões dos dois bancos, que pode dificultar a integração e até acarretar perda de clientes, Rodrigues acredita que a sobreposição será pequena e a sinergia prevalecerá. "O Santander tem 60% das suas agências em São Paulo, com o Real passará a ter presença nacional".
O Real é o terceiro maior banco privado brasileiro, e o Santander o quinto; lucrou R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre, e o Santander, R$ 1 bilhão.
Sem descontar perdas com sobreposição, o novo banco ficaria em terceiro lugar no ranking por ativos totais, atrás apenas do Banco do Brasil (BB), quase encostando no Bradesco e à frente do Itaú. Em termos de depósitos, seria o segundo maior; no total de crédito, ficaria em quarto.
A compra também aumentaria a concentração bancária: o R$ 1,7 trilhão que é hoje a soma de ativos dos dez maiores passará às mãos de nove bancos.
Nem Bradesco nem Itaú admitem, mas os especialistas dizem que a temporada de caça já começou. Para o analista do UBS Pactual, Pedro Guimarães, Itaú e Bradesco podem inclusive fazer ofertas sem se importar com o preço. E não apenas eles.
O presidente do HSBC Brasil, Emilson Alonso, sempre usou os preços altos dos bancos como desculpa para justificar sua opção pelo crescimento orgânico - a compra do Real pelo Santander pode fazê-lo mudar de idéia. Além do HSBC, também o norte-americano Citi, com R$ 45 bilhões em ativos e 12 no ranking, pode decidir tomar alguma providência. Até o estatal Banco do Brasil já tem buscado reforços via aquisições: recentemente anunciou interesse no Banco de Brasília, Banco de Santa Catarina (BESC) e Banco do Piauí.
O Itaú deve ficar com o mineiro BMG, maior especialista em crédito consignado, com uma carteira de R$ 9 bilhões (das quais parte é cedida a terceiros, como o próprio Itaú) e ativos totais de R$ 5,3 bilhões. "O namoro está em fase avançada e o anúncio da compra pode acontecer a qualquer momento", diz uma fonte.
Segundo avaliação dos entrevistados, o Bradesco pode contra-atacar com uma oferta ao também mineiro Rural, que tem ativos de R$ 1,6 bilhão, basicamente divididos entre créditos consignados e empréstimos a empresas do middle market.
O valor do Unibanco Ainda que sejam concretizados, nem um nem outro negócio servirá para abrir vantagem frente ao novo gigante estrangeiro que nascerá após a esperada fusão.
Por isso, o Unibanco, com R$ 129,6 bilhões em ativos, terá seu passe supervalorizado. "O Unibanco será o fiel da balança nessa disputa; quem ficar com ele fica na frente", acredita outro entrevistado.
Embora seu presidente, Pedro Moreira Salles, tenha declarado mais de uma vez que o banco não está a venda, há quem aposte na tese de que todo mundo tem seu preço. Por enquanto, porém, dizem que Moreira Salles prefere apostar na hipótese de crescer "roubando" clientes que ficarem insatisfeitos com a fusão.
Outros alvos possíveis são o Safra, com ativos de R$ 67,4 bilhões, e o Votorantim, com R$ 60 bilhões. No caso do Safra, o dono, José Safra, precisará mais do que uma proposta financeiramente atraente para ser convencido a vender o banco, que acaba de assumir integralmente após disputa com seu irmão e ex-sócio, Moses. A maior fusão da história O Santander faz parte de um consórcio de bancos que disputa com o britânico Barclays a compra do holandês ABN Amro, que no Brasil é dono do Real.
A disputa é favorável ao consórcio, formado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) e pelo belga-holandês Fortis, além do espanhol Santander.
O consórcio já disse que vai dividir os ativos do ABN pelo mundo: o Santander ficaria com o Real no Brasil e a operação na Itália, por € 20 bilhões.
O Fortis levaria as áreas de private banking e gestão de recursos em todos os países onde o ABN tem presença, além da operação na Holanda, por cerca de € 24 bilhões.
O RBS quer principalmente os negócios nos Estados Unidos, por € 26 bilhões.
A crise das hipotecas subprime (de alto risco) nos Estados Unidos desvalorizou a oferta do Barclays (63% do pagamento em ações do próprio banco e 37% em dinheiro), invertendo a tendência inicial, de vitória do britânico.
Mas o resultado oficial será anunciado apenas no dia 5 de outubro - isso se a grande maioria dos acionistas votar na mesma proposta, caso contrário a disputa pode se arrastar por mais alguns meses. A oferta final do consórcio é de € 70 bilhões (dos quais 90% em dinheiro) e a do Barclays, € 59 bilhões. Se sair perdendo, o Barclays corre sério risco de ser a próxima vítima de uma oferta de compra.
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