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Lucro do BicBanco cai 19% com alta nas provisões e redução no crédito



Copom eleva juros e compulsório

Copom eleva juros e compulsório
Chrystiane Silva, Riomar Trindade, Adriana Serrano e Jonas Cavalcanti/investnews.net

Na reunião mais longa dos últimos 14 meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu subir os juros básicos da economia em um ponto percentual, para 26,5% ao ano, a maior taxa desde maio de 1999. Os diretores do BC também aumentaram a alíquota dos depósitos compulsórios à vista, que passou de 45% para 60%. As medidas devem retirar R$ 9 bilhões do sistema financeiro e aumentar a dívida pública em R$ 3,9 bilhões. O objetivo é tentar aproximar as estimativas de inflação para este ano (11,99%) à meta ajustada e definida pelo BC (8,5%).

Depois de mais de cinco horas de reunião, os diretores foram unânimes em optar pela alta dos juros devido aos sinais de resistência da inflação. "Diante desse quando a diretoria decidiu elevar os juros". Os detalhes da reunião serão conhecidos na ata da reunião que será divulgada na próxima semana. O mercado financeiro já esperava pela alta dos juros, mas ficou surpreso com a alteração na alíquota do compulsório à vista.

O saldo de depósitos à vista estava em R$ 61,911 bilhões, em dezembro, segundo dados do BC. Com a mudança na alíquota, de cada R$ 1 depositado nos bancos R$ 0,60 têm de ser guardados no BC sem nenhuma remuneração. No total serão R$ 9 bilhões. "A medida vai afetar os grandes bancos que terão menos recursos disponíveis e podem encarecer o custo do crédito ao consumidor", disse o economista do BicBanco, Luiz Rabi.

A Fenacrefi (Federação Nacional das Financeiras) estima que o financiamento para automóveis ficará mais caro imediatamente. No Crédito Direto ao Consumidor (CDC) o impacto será no médio prazo. O crédito pessoal não deve ter alteração nas taxas porque o alto nível de desemprego e a queda dos salários impede que o consumidor tome recursos emprestados. "As carteiras de crédito estão deprimidas e os prazos estão cada vez menores", disse o economista do ABN Amro Asset Management, Aquiles Mosca.

O fato de a demanda por bens estar desacelerada não justifica o aumento na alíquota de compulsórios, na opinião do economista do BankBoston, José Antonio Pena. "A inflação não é por demanda e não faz sentido subir o compulsório", disse. Mas a elevação dos juros e da alíquota do compulsório vai favorecer a dívida pública e o crescimento econômico. A avaliação de Marcello Paixão, superintendente de produtos do Maxblue é de que o aumento de juros e compulsório será equivalente à elevação de dois pontos percentuais na taxa de juros.

Uma elevação maior dos juros reduziria ainda mais a expectativa de crescimento econômico de 2,8% neste ano. O impacto na dívida pública indexada aos juros básicos da econômica (R$ 397,53 bilhões) seria superior aos R$ 3,9 bilhões ocasionados pela elevação dos juros em um ponto percentual. Mesmo assim, dificilmente a meta de inflação será atingida no ano. "O BC está no caminho certo, mas a inércia inflacionária precisa ser quebrada", disse o economista do JP Morgan, Fábio Akira.

A indústria e o comércio rechaçaram a elevação dos juros. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou a "excessiva dependência do governo em relação à política monetária". O presidente da instituição, Horácio Lafer Piva, disse que o crescimento da economia nos primeiros seis meses do ano já está comprometido. "É insustentável a opção de se combater a inflação com elevação do desemprego, queda dos salários reais e arrocho de margens do setor produtivo". Segundo a Fiesp, o aumento da alíquota dos compulsórios penaliza os setores produtores de bens duráveis e de bens de capital.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a elevação dos juros "vai produzir sacrifícios adicionais, com impacto recessivo ao setor produtivo". O presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto (PMDB-PE) espera que as medidas tenham curta duração. "O único aspecto positivo é a "demonstração da disposição do governo em não dar trégua à inflação", disse. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse que a expectativa de guerra e a herança do governo Fernando Henrique Cardoso não permitem fazer neste momento a tão desejada redução da taxa de juros. Já o senador do PSDB, Romero Jucá (RR), afirmou que foram "duas medidas recessivas, contrárias ao discurso do PT de 20 anos".

Os investidores já esperavam a decisão do BC. A demora no anúncio das medidas paralisou os negócios no mercado financeiro. O dólar subiu 0,64% para R$ 3,615, na venda. A Ptax, média das cotações do dólar apurada pelo BC, ficou em R$ 3,5935, subiu 0,13%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), os juros para julho saíram de 27,93% para 28,16%.
Gazeta Mercantil - 20/02/2003