Empréstimo-3536-3414- Holerite do Servidor Prefeitura de São Paulo



 no Holerite do Servidor Prefeitura de São Paulo,BicBanco obtém lucro
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Pequenos e médios mantêm retorno


O aperto de liquidez que chacoalhou os bancos de pequena e média rede no fim de 2004, após a intervenção no Banco Santos, pouco afetou a rentabilidade das instituições do segmento. Pelos balanços divulgados até agora, a perda na captação, em alguns casos, teve conseqüência direta sobre as operações de crédito, mas deixou intacta a linha de resultados.

BicBanco, Rural, BMG, Cruzeiro do Sul e Banco Industrial terminaram 2004 com lucro líquido sensivelmente melhor do que no ano anterior. Os ganhos subiram de 15% a 40%, enquanto o retorno sobre o patrimônio ficou entre 12% e 51%. Na média, a rentabilidade do setor como um todo ronda os 20%. O recuo na captação apareceu entre os bancos que atravessaram o período de turbulência sem recorrer às operações de cessão de créditos.

Entre um exercício e outro o Rural perdeu R$ 560 milhões, enquanto o BicBanco teve um encolhimento de R$ 259 milhões. Os banqueiros à frente das instituições afirmam que a poeira já baixou."Os investidores já perceberam que (a intervenção) foi um caso localizado", diz o vice-presidente do BicBanco, Milto Bardini. "Foi um episódio que teve mais impacto em volume do que em resultado e passado este estorvo o mercado deve retomar ao ritmo e volumes trabalhados no passado."

Enquanto mensurava as conseqüências da intervenção, o BicBanco reduziu a sua exposição a riscos. Acabou fechando o ano com um caixa excedente de R$ 637 milhões, que passará a ser direcionado ao crédito. "É um volume alto, que na nova configuração do mercado não é mais necessário."

O Rural chegou a dezembro com R$ 336 milhões em caixa. Conforme o relatório da administração publicado junto com o balanço, em 2005 as disponibilidades têm crescido substancialmente em função da retomada da confiança do investidor, e conseqüentemente das captações, e pela característica de curto prazo das operações de crédito.

"Os primeiros balanços divulgados mostram que todo mundo se adeqüou e que o segmento de pequena e média rede tem bancos muito bem administrados", diz o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), João Rabêllo. "O setor teve agilidade para se recompor."

Quem acompanha a área de perto avalia que o BC agiu a tempo para evitar estragos maiores. Com o alívio do compulsório sobre depósitos a prazo e liberação de parcela do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para aquisições de carteiras, a autoridade estancou a sangria de recursos que sucedeu o regime especial de administração no Santos.

Em outra frente, o próprio mercado tratou de se ajustar: grandes conglomerados como Bradesco, Itaú, HSBC e Banco do Brasil mobilizaram-se para adquirir, de forma programada, os créditos gerados pelas instituições menores, garantindo os recursos necessários para que continuassem a tocar o dia-a-dia. À frente de toda essa articulação esteve o presidente da Febraban, Márcio Cypriano, o principal executivo do Bradesco.

"Os primeiros meses do ano serão importantes para avaliar se a retirada se esgotou", afirma o presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues. "É preciso avaliar se aqueles que tiveram redução significativa na carteira terão condições de ser eficientes, ter a escala adequada para pagar custos fixos." O especialista diz que as instituições que sentiram mais o baque foram aquelas com ativos de longo prazo, com recursos aplicados em operações de financiamento de veículos ou crédito em consignação.

Foi exatamente nestes nichos que ocorreram as cessões de carteira. Só o Bradesco fez cinco contratos de compra de créditos com instituições especializadas em consumo: BMC, Cruzeiro do Sul, Bonsucesso, Paraná Banco e Panamericano, em contratos que prevêem a liberação de mais de R$ 15 bilhões em três anos. O Itaú selou parceria de R$ 1,5 bilhão com o BMG e adquiriu as operações de financiamento de veículos do Intercap.

Não se sabe a que condições os acordos foram selados, mas a cessão costuma ser a fonte mais cara de captação para um banco, já que o custo é referenciado pelo CDI mais um prêmio. "É melhor ter o funding e continuar operando e ganhando menos do que perder mercado", diz o presidente da Acrefi, Érico Sodré Quirino Ferreira.

Gazeta Mercantil - 21/01/2005

Intervenção no Banco Santos comprometeu volumes, mas captações estão sendo retomadas
Adriana Cotias


Editorial - Retomada do crédito não alcança pequena empresa Gazeta Mercantil - 29/05/2009

A retomada de crédito, anunciada em tom de comemoração pelo governo, deve ser avaliada com bastante cautela. No caso da pessoa física, a expansão registrada ocorreu no segmento dos empréstimos consignados, geralmente concedidos a funcionários públicos.

Os dados do Banco Central (BC) confirmam que de março a abril a quantidade de empréstimos ao consumidor cresceu R$ 5,2 bilhões, porém, R$ 2,7 bilhões desse total refere-se a crédito consignado. No caso das empresas, o volume de crédito, na mesma comparação entre março e abril, caiu 0,5% , R$ 1,8 bilhão em números absolutos.

Vale notar que esta tendência não se alterou em maio: segundo o BC, nas duas primeiras semanas do mês, o crédito para as empresas voltou a recuar mais 0,8%. Os dados do BC demonstram que, de fato, as operações de crédito cresceram 0,4% entre março e abril. Porém esse resultado esconde que os empréstimos às pessoas físicas avançaram 1,1%, enquanto os destinados às pessoas jurídicas recuaram 0,1%. Essa evidência inibe qualquer otimismo excessivo sobre a obediência dos bancos, inclusive os públicos, quanto à ordem do governo de ampliar a oferta de crédito, especialmente para as empresas pequenas e médias. É verdade que a expansão alcançou a oferta de empréstimos para a pessoa física, com o volume de crédito atingindo R$ 286,7 bilhões no mês passado.

Esses empréstimos referem-se à decisão de crédito livre dos bancos, sem contar os créditos que os bancos são obrigados a direcionar conforme determinação legal. Esta disposição de emprestar ao consumo permaneceu em maio, conforme os números do BC , uma vez que nas duas primeiras semanas deste mês a expansão de crédito para pessoa física foi de 1,5%. Como o crédito consignado tem remuneração menor, a taxa média de juros da pessoa física recuou 1,3 ponto, alcançando 48,8% ao ano.

O impacto foi muito pequeno, no entanto, no spread desse segmento de crédito (a diferença entre o juro cobrado pelo banco e o pago quando capta), pois este spread manteve-se em 38,5 pontos percentuais, acusando um pequeno recuo de 1,3 ponto percentual.

No caso do crédito tomado pelas empresas, o spread aumentou 0,3 ponto percentual, acusando uma diferença de 18,3 pontos percentuais. A tendência se mantém em maio: nas duas primeiras semanas o spread voltou a subir mais 0,2 ponto percentual. É verdade que a inadimplência, para prazos superiores a noventa dias, voltou a subir em todos os segmentos do crédito à pessoa jurídica, desconto de promissórias e duplicatas, capital de giro e as chamadas contas garantidas. Nestes casos o juro avançou de 2,6% cobrado em março para 2,9% em abril. Algumas consultorias de mercado apontaram um recuo no crédito às empresas de 5,5% entre abril de 2009 e o mesmo mês do ano anterior.

Os bancos, no entanto, fizeram algumas opções preferenciais em relação ao consumo. Como os sinais de recuo nas piores previsões para a economia brasileira vigentes no primeiro trimestre, os grandes bancos decidiram repor linhas de crédito aproximadamente nos mesmos termos existentes antes da crise internacional. No início desta semana o Bradesco anunciou prazos mais elásticos e até juros mais baixos nas linhas de crédito imobiliário. Anteontem, o banco decidiu repor outra oferta de crédito para financiamento de veículo zero quilômetro. Os prazos de pagamento foram ampliados de 60 para até 80 parcelas, com os juros reduzidos da taxa média de 1,5% ao mês, para 1,2%. O Itaú Unibanco tinha tomado decisão semelhante há duas semanas, seguida pelo mesmo anúncio por parte do Santander, por meio de sua financiadora. As duas instituições, no entanto, ampliaram os prazos de financiamento de veículos zero quilômetro dos 60 meses para 72 pagamentos. O Bradesco deu um passo mais ousado.

O crédito não voltou, no entanto, para as empresas, especialmente as pequenas e médias. Os grandes bancos têm grandes cuidados para empréstimos para esses segmentos. Os bancos médios, beneficiados por medida do Conselho Monetário Nacional(CMN) ampliando para R$ 20 bilhões a garantia para Certificado de Depósito Bancário (CDB), deveriam voltar a emprestar para pessoas jurídicas. O BC assegura que até a terceira semana de maio R$ 4 bilhões tinham sido captados por esses bancos desde que a nova regra do CMN, garantindo os CDBs, entrou em vigor. Porém, não há dados se, efetivamente, esses recursos chegaram às médias e pequenas empresas. Sem oferta de crédito mais consistente para essas empresas, será difícil a retomada efetiva do crescimento econômico.

Disputa entre bancos por oferta de crédito é salutar Gazeta Mercantil - 27/05/2009

A pós uma longa demora, o mercado de crédito recebeu novos estímulos para enfrentar os graves efeitos da crise financeira internacional. O aspecto mais importante deste estímulo foi a retomada de certa competição entre os bancos por oferta de crédito. Há uma semana, o Itaú Unibanco anunciou a retomada do financiamento de carros em seis anos. As financiadoras dos bancos concorrentes em questão de dias tomaram o mesmo caminho. Anteontem, o Bradesco comunicou a ampliação de 25 para 30 anos para o prazo de pagamento da casa própria. As taxas de juros, nesse caso, diminuiriam dos atuais 10% para 8,9% para o segmento de imóveis até R$ 120 mil. A diretoria já anunciou que o banco realiza estudo para outros segmentos de consumo no mercado imobiliário.

A investida mais forte, no entanto, veio do Banco do Brasil (BB), que também anteontem colocou R$ 13 bilhões em empréstimos pré-aprovados à disposição de 10 milhões de seus clientes. Os juros cobrados pelo banco também foram reduzidos para os empréstimos destinados às pessoas físicas. Estes recursos adicionais, porém, têm objetivo preciso: estimular linhas de consumo para compra de veículos, eletrodomésticos e, principalmente, crédito consignado. Esta decisão foi acompanhada de uma revisão dos critérios de análise de risco para a aprovação destas novas linhas de financiamento e apoio ao crédito.

Vale notar que foram beneficiados os correntistas que já operam algum empréstimo no banco, com bom histórico de pagamento e que já utilizem parte considerável dos limites de crédito até agora oferecido. Em outras palavras, será dado mais crédito aos correntistas que já utilizam linhas do banco. Na prática, foi oferecida a cada cliente uma oferta de R$ 1.300 para operações de crédito bem especificada visando consumo direto. Com a devida cautela, o BB não estendeu essa oferta para cheque especial e cartão de crédito. A direção do BB admitiu que o atual ambiente econômico menos tenso permitiu a execução da medida,embora rejeite que a iniciativa tenha qualquer conteúdo político e por pressão do governo. A direção do banco insistiu em que a decisão foi eminentemente técnica, para aumentar a participação do banco nessa fatia de mercado de crédito.

Esta movimentação toda dos bancos reflete tanto a melhoria do cenário externo que de certo modo aparece no movimento menos turbulento das principais bolsas pelo mundo, como da percepção do mercado de que há maior conhecimento da quantidade dos títulos podres em poder do sistema bancário e da intenção dos governos, em especial do norte-americano, de ajudar as instituições financeiras. No âmbito interno esse clima alterou o ânimo dos agentes econômicos, como mostrou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas, exibindo a terceira elevação consecutiva do indicador. É fato que em abril o ICC avançou 2,9%, recuando em maio para 1,3%, porém mantendo a recuperação. Alguns analistas também insistem em que, quando os juros caem, os bancos devem compensar a perda de receita com expansão de volume nos empréstimos. Por enquanto o alvo dessa expansão foi o consumo, mas deve alcançar, em pouco tempo, a pequena e média empresas, com forte impacto no emprego e renda.

Há, no entanto, riscos neste conjunto de ações de estímulo ao crédito. No caso específico do BB, que adotou a estratégia mais agressiva, alguns analistas apontam que serão necessários pelo menos seis meses para avaliar o impacto dessas decisões nos índices de inadimplência. Haverá uma relação direta entre o crescimento da inadimplência e o sucesso destas medidas de incentivo ao crédito. Se esta decisão não foi tecnicamente bem elaborada, o aumento da inadimplência irá acusar.

Não há dúvida de que a euforia do consumidor foi empurrada pelo consumo de baixa renda. Em abril, o governo anunciou medidas de impacto como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para material de construção e para a chamada linha branca, sem esquecer o impulso proporcionado pelo lançamento do programa de habitação "Minha Casa, Minha Vida", que permitiu a retomada significativa de consumo em todo o mercado imobiliário. Em maio, até ocorreu um ajuste entre as expectativas de consumo e o cenário efetivo da economia, ainda bem impactado pelos efeitos da crise sobre a produção industrial e o nível de emprego. A sociedade adaptou suas ambições, mas avançou na confiança para o consumo. Cabe aos bancos, agora, fazer a sua parte e reduzir as taxas de juro para consumo. O que foi feito para estimular o crédito foi apenas o primeiro passo nesta direção.

Portabilidade do crédito ainda patina Gazeta Mercantil - 15/04/2009 Jiane Carvalho

A palavra portabilidade nunca esteve tão em voga. A possibilidade de os brasileiros mudarem de operadora de telefonia celular, levando consigo o número, reaqueceu a concorrência entre as operadoras do setor. No setor bancário, onde a portabilidade do crédito é possível há mais de dois anos, os efeitos práticos da medida são pouco conhecidos. Lançada em setembro de 2006 pelo governo como parte de um pacote para estimular a concorrência e baixar o spread bancário, a chamada portabilidade do crédito ainda não deslanchou. O Banco Central (BC) e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), procurados pela reportagem, afirmaram que não existem dados sobre os efeitos concretos da medida. O crédito consignado é o único segmento em que houve, segundo executivos do setor, uma intensificação da disputa pelo cliente, estimulada pela portabilidade.

Desde o lançamento do pacote de estímulo à concorrência e de mudanças posteriores que ampliaram a abrangência da medida, créditos como cheque especial, consignado, crédito direto ao consumidor (CDC) e financiamentos de veículos e imóveis podem ser levados de um banco para outro pelo cliente, em busca de melhores taxas. Para o presidente da Associação Brasileira dos Bancos (ABBC), Renato Oliva, os efeitos do pacote do governo são limitados porque nem sempre é interessante para o cliente, o que limita a demanda pela portabilidade.

Oliva cita dois exemplos de operações bem distintas. "Em créditos de curto prazo, de alguns meses como o CDC, não vale a pena nem para o cliente nem tampouco para o banco entrar na briga para estimular a portabilidade de uma operação de três ou seis meses", explica Oliva. Já para o crédito imobiliário, de mais longo prazo, o problema é outro, ligado ao modelo adotado no País. "Disputar esse cliente, estimulando a portabilidade do crédito, sai muito caro e compromete uma eventual redução na taxa de juros cobrada", diz o executivo, lembrando custos como averbação do imóvel para o banco que assumirá o crédito, com a avaliação do imóvel, certidões negativas, registro de nova hipoteca, entre outros. "Negociações do setor imobiliário no Brasil são muito burocratizadas."

Na prática, diz Oliva, a portabilidade do crédito só acabou funcionando bem no segmento consignado. "Neste caso, a formalização é mais fácil. O custo para a portabilidade do crédito é muito pequeno e tem sido grande a disputa entre os bancos", diz ele.

Para o professor de finanças do Ibmec-SP Alexandre Chaia, uma característica particular do mercado brasileiro dificulta a utilização maciça da portabilidade. "O brasileiro preza o relacionamento com seu banco, com o gerente, e ninguém quer perder este histórico de relacionamento porque isto é importante", diz Chaia. "O nível de fidelização no Brasil é muito elevado e a medida de portabilidade do crédito esbarrou neste aspecto."

Quando o assunto é o crédito consignado, lembra o professor do Ibmec-SP, a disputa pelo cliente ocorreu, principalmente, entre os bancos médios. "Neste caso, é menos comum o longo relacionamento banco-cliente. O vínculo é baixo, o que facilita a portabilidade", explica. Para Chaia, no futuro o que pode ajudar é o cadastro positivo, por meio do qual os bancos vão compartilhar as informações do cliente. "Quando isso ocorrer, o relacionamento banco-cliente perderá a importância na hora de conseguir um crédito ou elevar o limite estabelecido, mas isso demandará tempo." Procurados, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Itaú-Unibanco não falaram sobre o assunto

Dívida do trabalhador terá prazos maiores Gazeta Mercantil - 19/02/2009 Agência Brasil

A Força Sindical e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) firmaram ontem protocolo de orientação para reescalonamento de pagamentos de crédito consignado. O objetivo é reduzir os impactos da crise econômica entre os trabalhadores da iniciativa privada que aceitaram os acordos de redução de jornada de trabalho e de salário propostos pelas empresas para evitar demissões. Pelo protocolo, sempre que ocorrer acordo coletivo que proponha redução ou suspensão de salário, o pagamento das prestações poderá ser reduzido ou suspenso pelo mesmo período em que vigorar o acordo.

O documento prevê que a empresa envie ao banco responsável pelo empréstimo uma lista com todos os nomes dos funcionários que têm crédito consignado e os valores dessas prestações descontadas em folha de pagamento, além de uma cópia do acordo feito com o sindicato. O funcionário deve procurar o banco para discutir os valores e prazos de sua operação.

O diretor executivo da Febraban, Hélio Ribeiro Duarte, disse que os bancos não são obrigados a aderir ao programa, mas acredita que todos seguirão a orientação. "É uma coisa boa para todos os bancos, e não há motivo para que eles não sigam a orientação que vamos dar. Os representantes dos bancos participaram das negociações e deram seu ‘de acordo’ para que o protocolo fosse assinado." O acordo vale por um ano e que pode ser prorrogado, caso a crise não se resolva nesse período.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, destacou o aspecto simbólico da iniciativa dos bancos com a assinatura do acordo. Segundo ele, o gesto mostra que, na crise, todos devem ceder para sair do problema.

"À medida que fazemos os acordos nas empresas, percebemos que um trabalhador que fez um empréstimo consignado de até 30% de seu salário está vivendo com 70% do que ganha. Quando reduz a jornada e o salário em mais 20%, ou suspende o contrato, ele passa a viver apenas com o salário do seguro-desemprego, ou vai viver com 50% do salário".

Paulinho enfatizou que a primeira preocupação da Força foi manter os empregos, o que está acontecendo com a redução de jornada e salário e com a suspensão de contratos. Com o protocolo, o que deve ocorrer é a permanência da renda. "Se conseguimos manter emprego e renda, vamos sair da crise, porque os trabalhadores vão ganhar e comprar. Se o trabalhador perde o emprego, não paga dívida no banco. Por isso, os banqueiros também ganham com isso." A Força Sindical estima em cerca de 200 mil o número de trabalhadores têm crédito consignado.
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