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“Mesmo com um certo aumento do prêmio de risco internacional, achamos que a queda do nosso prêmio de risco vai ser superior e que o efeito líquido será extremamente positivo para o Brasil pela melhora da economia brasileira por fatores domésticos. Porque a crise que nós estamos vivendo foi criada por fatores domésticos. A melhora decorrente disso prevemos ser maior do que alguma piora no ambiente internacional”, disse o ministro em entrevista coletiva realizada após proferir palestra no Bradesco CEO Forum.

Meirelles relatou ter dito a uma plateia de 350 investidores internacionais que o Brasil tem que fazer seus ajustes o mais rápido possível e estar com a economia suficientemente forte para enfrentar, com sucesso, as flutuações normais dos ciclos econômicos. “Seja por mudanças políticas, como é o caso da última eleição americana, seja por ciclos econômicos de outra ordem, seja por crise, como houve, por exemplo, a crise de créditos nos EUA em 2007/2008”, acrescentou.

O ministro afirmou ainda aos investidores que o mercado já está precificando um aumento de investimentos, diminuição de impostos e “algum aumento dos juros de médio e longo prazo” na economia americana. “Evidentemente, do nosso ponto de vista, nós temos que aguardar o que vai de fato acontecer, como será o programa do presidente eleito uma vez que tome posse”, comentou Meirelles sobre a eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos.

Sobre o discurso protecionista do sucessor de Barack Obama e os possíveis impactos no Brasil de ações neste sentido, o ministro da Fazenda observou que, em geral, o protecionismo tende a diminuir a taxa de crescimento, enquanto a abertura econômica leva a uma taxa de crescimento maior. E lembrou que os EUA já não mais o principal destino das exportações brasileiras.

“Os Estados Unidos já representaram uma parte substancial, a maior parte em alguns momentos, da nossa exportação brasileira. Hoje não é mais o primeiro. É o terceiro, se a Europa for considerada como um bloco econômico. Vamos aguardar será feito e se isso pode ou não afetar o portfólio de produtos brasileiros”, afirmou Meirelles. Ele ressaltou que o Brasil não pode ficar dependente do que está acontecendo num país específico.