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Banco do Brasil sob disputa no PT
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Fonte: Jornal do Brasil, 18/11/2004, Economia, p. A19

Bancários querem escolher presidente

A saída de Cássio Casseb da presidência do Banco do Brasil, anunciada anteontem, abriu uma disputa dentro do PT sobre a nomeação do novo ocupante do cargo. Sindicalistas ligados ao partido já sinalizaram a intenção de indicar o perfil do novo presidente do BB. - Queremos uma administração que tenha compromisso com o social, com o desenvolvimento - disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, Jaci Afonso de Mello.

Para o presidente da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) da CUT, Vagner Freitas, os ''bancários não podem se furtar do processo de construção de um novo BB''.

- O movimento sindical tem responsabilidades com o país e com o BB. Não

podemos ser omissos. Temos de ajudar a construir uma diretoria de melhor

qualidade - afirmou.

Sem citar nomes, Mello e Freitas disseram que o futuro presidente do BB pode ser escolhido dentro do próprio quadro de funcionários da instituição.

- O BB tem um corpo de funcionários de 85 mil pessoas, que são parceiras da instituição. Não tenho dúvida de que o melhor nome para o cargo está dentro desse quadro - disse Freitas, da CNB-CUT.

Os nomes mais cotados para assumir o lugar de Casseb seriam Nelson Rocha, presidente da BB DTVM e ligado ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci; Sérgio Rosa, presidente da Previ e apoiado pelo secretário de Comunicação do Governo, Luiz Gushiken; e Ricardo Berzoini, ministro do Trabalho, que também faz parte do grupo de Gushiken e é nome forte entre os bancários.

A saída de Casseb não foi suficiente para contentar os bancários do PT. Eles

querem mudanças nas vice-presidências da instituição. Segundo eles, o banco adotou uma regime de metas que causou críticas entre os funcionários.

- O BB não é um banco de mercado. Não está aí para competir com grandes bancos, como Bradesco e Itaú. Sua função é fomentar o crescimento do país - acredita Freitas.