Operações do BMG com BNDES crescem 755%
Autor: Irany Te

Título: Operações do BMG com BNDES crescem 755%
Autor: Irany Tereza
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/07/2005, Nacional, p. A9

As operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via BMG - o banco que liberou o empréstimo de R$ 2,4 milhões para o PT - cresceram 755% de 2001 para 2004, saltando de R$ 7,528 milhões para R$ 64,422 milhões. Em valor nominal, o montante não é representativo. Há bancos que movimentam volume anual muito maior, como o Bradesco, que no ano passado repassou mais de R$ 3 bilhões em recursos do banco estatal.

Mas nenhuma outra instituição financeira teve aumento tão expressivo como o do BMG na intermediação dos recursos do BNDES. O volume de recursos liberados pelo BNDES tem crescido ano a ano, mas não chegam a patamares como o verificado no BMG. No total das operações indiretas, o banco de fomento liberou em 2001 R$ 15,721 bilhões. Em 2004, passou para R$ 22,058 bilhões, uma elevação de 40%. Por meio de sua assessoria de imprensa, o BNDES informou que "não houve irregularidade" nas concessões de empréstimos com o uso do BMG, que apresentou "crescimento normal", alcançado por outros bancos.

Não é o que se vê nas estatísticas divulgadas pelo próprio BNDES. É certo que outros bancos tiveram aumento na movimentação de recursos. Mas, nos casos de maior destaque, os porcentuais não chegam a 300%, como é o caso do banco da Volkswagen, que passou de R$ 247 milhões (2001) para R$ 641,4 milhões (2004); ou do próprio Bradesco - 1,26 bilhão (2001) para R$ 3,13 bilhões (2004). Com a ressalva de o primeiro operar com financiamento a veículos, que teve elevação nos últimos anos, e o segundo estar no topo do ranking bancário nacional.

A intermediação nos financiamentos do BNDES é obrigatória para empréstimos até R$ 10 milhões. São as chamadas "operações indiretas". Os valores até esse limite são considerados baixos para o banco estatal, que não possui rede de agências capaz de atender diretamente a todos os pedidos.

Financiamentos acima desse teto são feitos diretamente pelo banco, que avalia o projeto, submete a aprovação da liberação à analise de diretoria e pode ou não utilizar a intermediação de agente financeiro.

Nas operações indiretas, o BNDES cobra taxas de remuneração (spreads) que ficam, em média, entre 3% e 3,5% ao ano, além da taxa básica de juros usada pelo banco, de 9,75%. Sobre esse total, os bancos privados aplicam mais um porcentual de juros. Geralmente, o spread dos bancos privados fica em 4,5%.

A assessoria lembra que o BNDES acompanha a destinação dos recursos que libera para verificar a possibilidade de desvio de finalidade e se a instituição financeira opera no teto permitido. No caso do BMG não foi constatada irregularidade. Por último, o BNDES destaca que em 2001 as operações indiretas com participação do BMG representaram 0,05% do total de liberações do segmento; em 2002, passaram para 0,07%; em 2003, 0,2% e no ano passado, 0,3%, performance que o BNDES considera baixa.

Título: Operações do BMG com BNDES crescem 755%
Autor: Irany Tereza
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/07/2005, Nacional, p. A9

As operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via BMG - o banco que liberou o empréstimo de R$ 2,4 milhões para o PT - cresceram 755% de 2001 para 2004, saltando de R$ 7,528 milhões para R$ 64,422 milhões. Em valor nominal, o montante não é representativo. Há bancos que movimentam volume anual muito maior, como o Bradesco, que no ano passado repassou mais de R$ 3 bilhões em recursos do banco estatal.

Mas nenhuma outra instituição financeira teve aumento tão expressivo como o do BMG na intermediação dos recursos do BNDES. O volume de recursos liberados pelo BNDES tem crescido ano a ano, mas não chegam a patamares como o verificado no BMG. No total das operações indiretas, o banco de fomento liberou em 2001 R$ 15,721 bilhões. Em 2004, passou para R$ 22,058 bilhões, uma elevação de 40%. Por meio de sua assessoria de imprensa, o BNDES informou que "não houve irregularidade" nas concessões de empréstimos com o uso do BMG, que apresentou "crescimento normal", alcançado por outros bancos.

Não é o que se vê nas estatísticas divulgadas pelo próprio BNDES. É certo que outros bancos tiveram aumento na movimentação de recursos. Mas, nos casos de maior destaque, os porcentuais não chegam a 300%, como é o caso do banco da Volkswagen, que passou de R$ 247 milhões (2001) para R$ 641,4 milhões (2004); ou do próprio Bradesco - 1,26 bilhão (2001) para R$ 3,13 bilhões (2004). Com a ressalva de o primeiro operar com financiamento a veículos, que teve elevação nos últimos anos, e o segundo estar no topo do ranking bancário nacional.

A intermediação nos financiamentos do BNDES é obrigatória para empréstimos até R$ 10 milhões. São as chamadas "operações indiretas". Os valores até esse limite são considerados baixos para o banco estatal, que não possui rede de agências capaz de atender diretamente a todos os pedidos.

Financiamentos acima desse teto são feitos diretamente pelo banco, que avalia o projeto, submete a aprovação da liberação à analise de diretoria e pode ou não utilizar a intermediação de agente financeiro.

Nas operações indiretas, o BNDES cobra taxas de remuneração (spreads) que ficam, em média, entre 3% e 3,5% ao ano, além da taxa básica de juros usada pelo banco, de 9,75%. Sobre esse total, os bancos privados aplicam mais um porcentual de juros. Geralmente, o spread dos bancos privados fica em 4,5%.

A assessoria lembra que o BNDES acompanha a destinação dos recursos que libera para verificar a possibilidade de desvio de finalidade e se a instituição financeira opera no teto permitido. No caso do BMG não foi constatada irregularidade. Por último, o BNDES destaca que em 2001 as operações indiretas com participação do BMG representaram 0,05% do total de liberações do segmento; em 2002, passaram para 0,07%; em 2003, 0,2% e no ano passado, 0,3%, performance que o BNDES considera baixa.

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Fonte: O Estado de São Paulo, 19/07/2005, Nacional, p. A9

As operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via BMG - o banco que liberou o empréstimo de R$ 2,4 milhões para o PT - cresceram 755% de 2001 para 2004, saltando de R$ 7,528 milhões para R$ 64,422 milhões. Em valor nominal, o montante não é representativo. Há bancos que movimentam volume anual muito maior, como o Bradesco, que no ano passado repassou mais de R$ 3 bilhões em recursos do banco estatal.

Mas nenhuma outra instituição financeira teve aumento tão expressivo como o do BMG na intermediação dos recursos do BNDES. O volume de recursos liberados pelo BNDES tem crescido ano a ano, mas não chegam a patamares como o verificado no BMG. No total das operações indiretas, o banco de fomento liberou em 2001 R$ 15,721 bilhões. Em 2004, passou para R$ 22,058 bilhões, uma elevação de 40%. Por meio de sua assessoria de imprensa, o BNDES informou que "não houve irregularidade" nas concessões de empréstimos com o uso do BMG, que apresentou "crescimento normal", alcançado por outros bancos.

Não é o que se vê nas estatísticas divulgadas pelo próprio BNDES. É certo que outros bancos tiveram aumento na movimentação de recursos. Mas, nos casos de maior destaque, os porcentuais não chegam a 300%, como é o caso do banco da Volkswagen, que passou de R$ 247 milhões (2001) para R$ 641,4 milhões (2004); ou do próprio Bradesco - 1,26 bilhão (2001) para R$ 3,13 bilhões (2004). Com a ressalva de o primeiro operar com financiamento a veículos, que teve elevação nos últimos anos, e o segundo estar no topo do ranking bancário nacional.

A intermediação nos financiamentos do BNDES é obrigatória para empréstimos até R$ 10 milhões. São as chamadas "operações indiretas". Os valores até esse limite são considerados baixos para o banco estatal, que não possui rede de agências capaz de atender diretamente a todos os pedidos.

Financiamentos acima desse teto são feitos diretamente pelo banco, que avalia o projeto, submete a aprovação da liberação à analise de diretoria e pode ou não utilizar a intermediação de agente financeiro.

Nas operações indiretas, o BNDES cobra taxas de remuneração (spreads) que ficam, em média, entre 3% e 3,5% ao ano, além da taxa básica de juros usada pelo banco, de 9,75%. Sobre esse total, os bancos privados aplicam mais um porcentual de juros. Geralmente, o spread dos bancos privados fica em 4,5%.

A assessoria lembra que o BNDES acompanha a destinação dos recursos que libera para verificar a possibilidade de desvio de finalidade e se a instituição financeira opera no teto permitido. No caso do BMG não foi constatada irregularidade. Por último, o BNDES destaca que em 2001 as operações indiretas com participação do BMG representaram 0,05% do total de liberações do segmento; em 2002, passaram para 0,07%; em 2003, 0,2% e no ano passado, 0,3%, performance que o BNDES considera baixa.